StarOne, da Embratel, e Hughes ficam com posições de satélites por R$ 254,4 milhões 
Apesar dos sete competidores, apenas duas empresas ficaram com as posições orbitais licitadas nesta terça-feira, 30/8, pela Anatel. As vencedoras foram a americana HNS Américas (da Hughes Communications) e a Star One, da Embratel, maior operadora de satélites da América Latina. No total, o leilão arrecadou R$ 254,4 milhões. O ágio médio foi de 1.511% sobre o valor inicial, de R$ 3,9 milhões para cada posição.
A Hughes – que nos EUA é provedor de internet wireless e no início do ano foi vendida ao grupo Echostar, com forte participação em TV por assinatura – investiu cerca de R$ 180,4 milhões para ficar com duas das posições orbitais – 45 graus oeste, nas bandas Ka, Ku para radiodifusão; e 68,5 graus oeste, nas bandas Ka, Ku para radiodifusão e X.
Já a StarOne ficou com suas duas posições pelo total de R$ 74 milhões, em 70 graus oeste, para bandas Ku, Ka e X; e 84 graus oeste, nas bandas Ku e Ka. No caso do Brasil, a posição de 70 graus já é a principal utilizada na radiodifusão – a StarOne, que possui um satélite (C2) nessa posição, calcula já atender cerca de 16 milhões de parabólicas.
Apesar dos vários participantes, a única grande disputa foi concentrada entre a Hughes e a Sky, logo na primeira etapa, cujos lances começaram com R$ 83 milhões e R$ 40 milhões, subiram para R$ 145 milhões e R$ 120 milhões, respectivamente. A partir daí, a Sky desistiu das demais posições.
Nas duas etapas seguintes, a StarOne só precisou bater os lances iniciais da Hughes para ficar com as posições orbitais. Na última, sequer houve lances substitutos. A Hughes ofereceu de início R$ 35,2 milhões e a concorrente em condições de elevar sua própria proposta, a Intelsat, desistiu.
Além dessas, a francesa Eutelsat, a Hispamar (associação da Hispasat com a brasileira Oi), a americana Intelsat e a SES DTH (Sociedade Europeia de Satélites) também participaram, mas não conseguiram arrematar nenhuma das posições oferecidas.
Havia 12 posições orbitais disponíveis, das quais os concorrentes poderiam escolher quatro – sendo que cada empresa podia levar, no máximo, duas posições. Parte dessas 12 posições eram sobras de ofertas passadas, enquanto outras foram definidas pela União Internacional das Telecomunicações (UIT).
Segundo as regras do edital, os satélites deverão cobrir 100% do território nacional. Nas posições preexistentes, a operadora que vencer a disputa será obrigada a destinar 25% da capacidade para o Brasil. Já nas da UIT, 50% dos transponders devem estar apontados para o Brasil.
Atualmente o Brasil ocupa oito posições orbitais – com 9 satélites – mas que estão no limite de suas capacidades. A Anatel acredita que as empresas vencedoras terão condições de lançar ao menos parte dos novos satélites nos próximos três anos para atendere a demanda da Copa do Mundo de 2014.
Luís Osvaldo Grossmann Convergência Digital :: 30/08/2011

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