"Brasil TV" está escondido na parabólicaPara evitar fuga de audiência e contra a ‘tela negra’, Globo produz telejornal exclusivo para parabólica JULIANA ALENCAR
juliana.alencar@diariosp.com.br
Reprodução; Twitter
Cecília está a frente do “Brasil TV” desde o ano passado
Âncora da GloboNews, Cecilia Flesch pode atingir diariamente 20 milhões de residências, além dos 11,5 mi de assinantes do canal pago. Não é nenhuma equação matemática que explica o alcance triplicado: a jornalista divide as funções na emissora de notícias com a apresentação do “Brasil TV”, telejornal que a TV Globo produz exclusivamente para parabólicas instaladas no país.
“Brasil TV” é exibido de segunda a sábado, no horário dos telejornais locais produzidos pelas afiliadas e emissoras próprias fora da sede, no Rio de Janeiro. Ele foi criado para preencher o “fade” – espaço deixado livre na transmissão por satélite para que as retransmissoras exibam sua programação e os comerciais locais.
Assim, quem tem parabólica capta esse sinal enviado pela matriz, sem receber a programação das retransmissoras – daí os telespectadores se depararem com uma tela negra durante o horário destinado à produção local. A grande sacada da TV Globo foi desenvolver uma programação exclusiva para atender a audiência das parabólicas, ainda que ela não seja calculada pelo Ibope.
Lá e cá /O “Brasil TV” reúne reportagens produzidas pelos telejornais das retransmissoras de todo o país. Quem as seleciona é o editor chefe Bruno Cattoni, que fica no Rio, na sede da Central Globo de Jornalismo. Por causa das suas atribuições na Globo News, Cecilia Flesch não tem funções executivas: só ancora o programa.
“Eu apenas repasso as ‘cabeças’ – os textos que leio no ar – pouco antes de gravar o jornal. E às vezes pontuo com comentários as matérias mais leves, de comportamento, dicas de lugares para viajar…”, explica ela, que senta à bancada já ocupada por Ana Paula Araújo.
Cecília está a frente do “Brasil TV” desde o ano passado, mas só assumiu definitivamente o cargo em janeiro deste ano. “Costumo brincar que apresento um mini ‘Jornal Nacional’”, diverte-se a jornalista, que vê no trabalho um trampolim para a carreira. “Novos caminhos já estão se abrindo, felizmente. E eu espero que, com um trabalho bem feito, eu consiga alçar mais voos dentro da emissora.”

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